luthier de guitarras classicas

Uma guitarra construída individualmente é sem dúvida qualquer coisa de magnífico e consegue-se atingir um nível de sonoridade que ultrapassa consideravelmente os instrumentos feitos em série. Madeiras rigorosamente seleccionadas e cortadas segundo regras antiquíssimas, que respeitam o ciclo da natureza, em combinação com uma construção cuidada e inteligente, proporcionam um nível de ressonância incomparável. Sou construtor de guitarras por paixão e vocação. Cada guitarra é única e transmite a magia do amor a música. Pode aceder a gravações dos meus instrumentos no meu canal soundcloud, myspace e no meu canal no Youtube

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Jimy Hendrix de Islamabad



Uma fotografia diz mais do que mil palavras. Fico sempre muito emocionado quando olho para esta cena. É magica - felizidade e admiração. Fico consciente que a vida são dois dias e tudo é muito relativo. O tipo da construção do Instrumento é duma banalidade genial e acho que o som daquilo deve ser considerável. Foi a minha mãe que me enviou este postal num momento de desanimo - a autora que tirou a fotografia é uma amiga da nossa familia de longa data, Elisabeth Neuenschwander, que viajou muito naquela zona e que desenvolveu vários projectos de ensino para raparigas(que normalmente não teriam direito a escola..)É como digo, a fotografia diz mais do que mil palavras...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ruídos parasita

Um problema frequente é a questão dos ruídos parasita. Ao tocar uma certa nota, numa certa posição, a guitarra emite ruídos indesejados e muitas vezes entra-se em pânico pensado que alguma barra de reforços esteja descolada ou coisa do género. Felizmente em mais de 95% dos casos a razão destes ruídos é bem mais fácil de resolver. Em geral é alguma parte de umas das cordas que pressionamos, entre o traste e a pestana, que entre em ressonância simpática com a nota que tocamos e estando em vibração, tocando num traste ligeiramente mais elevado, produz este zumbido tão desagradável. O remédio normalmente é rever o nivelamento dos trastes e perceber qual deles causa o problema. Também pode ser uma das secções de cordas entre a pestana e a mecânica que entra em vibração e, em contacto pontual com madeira da cabeça, causa o mesmo tipo de ruídos. Também este tipo de problemas tem solução.

A minha guitarra desafina – o que fazer

O guitarrista dispõe actualmente de uma grande variedade de cordas, com as mais diversas características – o que nem sempre é pacífico em questões de boa afinação do instrumento. Uma guitarra está normalmente compensada na ponte e as vezes na pestana para um certo caso especifico de cordas mais tradicionais como augustin azul ou d’addario J45 ou J46. Mudando para cordas de carbono por exemplo, a guitarra pode eventualmente passar a desafinar. Também cordas demasiado novas ou demasiado velhas tem tendência para desafinar. A melhor opção é optar por um certo tipo de cordas que funcionam bem com o instrumento e mandar compensar a guitarra para este caso específico e depois ficar fiel a esta opção. Compensar um guitarra é uma manobra pouco dispendioso e pode melhorar muito a afinação geral do Instrumento. Na pratica isto consiste em avançar ou recuar ligeiramente o ponto de apoio em certas cordas a nível da ponte e da pestana. Como a guitarra é um Instrumento tipo “bem temperado”há mesmo assim sempre um certo grão de desafinação relativamente a uma escala ideal. Mas é certo que com um intervenção bastante simples pode-se melhorar muito o grau de afinação geral de quase todos os instrumentos.

Abeto versus Cedro Vermelho do Canadá


A questão central numa guitarra é a escolha da madeira para o tampo de resonância. Em geral utilizam-se Abeto (Pinho)ou Cedro Vermelho do Canadá. Ambas as espécias tem boas caracteristicas de resonância e será dificil dizer qual delas é melhor. Digamos que aqui se trata sobre tudo duma questão de gosto. O cedro tem inicialmente, quando o instrumento é novo, alguma vantagem no sentido em que já está com a sua máxima resonância. Mas em contrapartida o cedro praticamente não evolui mais com o tempo. O abeto, pelo contrario, pode mostrar-se ainda um pouco timido e fechado inicialmente para depois abrir de maneira surprendente e até ultrapassar em potência e beleza o cedro. O cedro tem em geral um bom volume e um som caloroso com bastants graves e um timbre bastante redondo. O abeto possui um som mais sofisticado com um brilho muito póprio. É obvio que também aqui a questão da espécie é só uma entre muitas. Existem pessimas guitarras em abeto e nos modelos mais economicos normalmente é mais seguro de obtar pelo cedro porque a qualidade de resonância média no cedro é muito superior mesmo em lotes de 3º e 4º categoria. É muito importante que a madeira seja proveniente de uma arvore adequada com crescimento lento e que arvore seja cortada num periodo favorável, respeitando certos periodos lunares e também a época do ano. Só muito poucos troncos tem caracteristicas para serem usadas para obter madeira de resonância. A madeira tem depois ser cortada com o veio perfeitamente vertical em relação a superfície, tem ser armazenada primeiro ao ar e depois em condições com humidade controlada e finalmente só uma pequena percentagem dos tampos obtidos pode ser considerada para manufactura de instrumentos de topo. As madeiras que eu uso para os tampos são provenientes dos melhores fornecedores especialicados em madeiras de resonância. São empresas que associam o seu saber e tradição a um rigor incontestável e que obtem assim lotes de qualidade exepcional e muito cobiçados. O meu abeto é proveniente dos Alpes Suiços e do Vale de Fiemme no Norte da Itália. O Cedro vermelho adquiro através dum amigo Luthier que tem fornecedor próprio no Canada e que consegue corresponder aos mais rigorosos critérios. Não há a minima dúvda que a qualidade dum instrumento é em grande parte condicionada pela qualidade do material que utilizamos.

Pau de Rosa versus Pau Santo

Uma das questões bastante polémicas é o tema da madeira utilizada para as ilhargas e o fundo das guitarras. Para as melhores guitarras utilizam-se em geral ou Pau Santo do Amazonas, Pau de Rosa (Pau Santo da India occidental) ou o Pau Santo do Madagascar. Embora o Pau Santo do Amazonas é uma madeira muito adequada e bonita, seria dificil de provar que tenha alguma vantagem real em termos sonoros, relativamente as outras duas espécies mencionadas . Este tipo de madeiras utilizam-se sobre tudo por causa da sua elevada densidade e também por causa do seu aspecto visual sedutor. As qualidades sonoras duma guitarra tem na sua origem muitos factores diferentes entre os quais o tipo da madeira das ilhargas e do fundo não são nada o mais importante. Por cima o Pau Santo do Amazonas é uma madeira que se encontra praticamente em extinção e os lotes vendidos hoje em dia são em geral de 3º ou 4º categoria - o que quer dizer madeiras com muitas tensões internas e muitas vezes com um potencial considerável para rachar. É claro que por causa da sua raridade e do seu prestigio o Pau Santo do Amazonas é incrivelmente caro e um jogo de ilhargas e um fundo para uma guitarra podem facilmente ultrapassar os 200 euros. Do meu ponto de vista nem sempre o que é mais raro é melhor. Existe uma excellente oferta de bellissimo Pau de Rosa e Pau Santo do Madagascar com altissima densidade, com uma estrutura perfeitamente regular e provenientes de lotes de abate controlado. Grande parte dos grandes constructores utilizam sobre tudo o Pau de Rosa precisamente porque o resultado final é o mesmo ou até melhor e porque é mais fácil de conseguir material de primeira qualidade a preços aceitáveis.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009





GUITARRAS DE
CHRISTIAN SCHWENGELER

CHRISTIAN SCHWENGELER
Luthier de guitarras clássicas
Estes instrumentos distinguem-se por um grande equilíbrio sonoro e grandes possibilidades na variação do timbre. São guitarras com excelente sustain, com uma boa projecção e um boa definição sonora, baixos potentes e calorosos, e agudos que respondem mesmo nos registos mais altos. Destaca-se também a facilidade de tocar o instrumento e a afinação acima do normal, conseguida através dum sistema de compensação das cordas. O braço sobrelevado permite uma melhor acessibilidade dos registos agudos. O tampo é acabado com um verniz de boneca à base de goma laca e óleos naturais sendo o resto do instrumento selado com um primário especial e depois polido com cera natural . A estética simples, realça a beleza natural das madeiras utilizadas.
Na construção, Christian Schwengeler usa apenas madeiras raras, rigorosamente seleccionadas e armazenadas: Pau Rosa da Índia, Cedro das Honduras, Ébano, Abeto da Suíça e do Norte da Itália ou Cedro vermelho do Canada, para o tampo harmónico. No atelier, mantêm um ambiente de humidade controlado. Métodos de construção cuidados e inteligentes resultam numa ressonância surpreendente e única.
Christian Schwengeler nasceu em Genebra, em 1962, e vive em Portugal desde 1990. É guitarrista de talento multifacetado e luthier autodidacta de grande intuição, inspirando-se entre outros também no trabalho dos luthiers Greg Byers, Thomas Humphrey e Hernandez e Aguado.

Desde 2004, constrói anualmente, no seu atelier, em Lisboa, um limitado número de guitarras clássicas.

O conhecido guitarrista Dejan Ivanovic diz sobre ele: “ Nunca conheci nenhum construtor que desde o seu primeiro instrumento consegue resultados tão surpreendentes e convincentes. Os seus instrumentos tem um som rico, nobre e penetrante e são uma opção praticamente incontornável para quem procura um instrumento superior, e isto a um preço realmente acessível.”


Christian Schwengeler
Rua da Beneficência 164, 2º dto.
1600-024 Lisboa
tel/fax 21 797 70 26 móvel 96 00 48 117
csluthier@gmail.com